[replay] | Hans Staden e o Canibalismo No Brasil

**Este episódio é uma retransmissão do “EP 3.4: O Gringo que Quase foi devorado por índios canibais”, que apresentou erros para alguns ouvintes na plataforma Spotify. Conta a história de um alemão que fez duas viagens ao Brasil, foi aprisionado por indígenas brasileiros e presenciou rituais canibalistas. Seus escritos foram publicados em um livro e ainda hoje são uma das fontes mais importantes sobre esse canibalismo indígena no Brasil.

\Fala, gringo! Fala, gringa! Como prometido, no episódio de hoje vocês vão conhecer a saga de um cara que quase foi devorado por índios canibais. Tô falando do Hans Staden, um alemão que fez duas viagens ao Brasil colonial e acabou passando por maus bocados nas mãos dos índios Tamoios. Vai ter confusão em alto mar, chuva que cai do nada, guerra de índio, gente comendo gente, open bar de cauim e muito mais. Tá entendendo nada? Continua ouvindo que eu já explico. 

O episódio de hoje tem o apoio de:  Andreas Edenman, Manuel Winterfeld e Manuel Molitor,  Daniel Fajardo, Claudia Kimmel, Mateusz Bratek, Tarjei Sandal (Sândal), Abbi Ramirez, Saori Shinohara, Laura Walker, Maria Medel, Michael Holtgrave, Isabella Marshall, Brenda Dobashi, Molly Putzier e Romain Chiron (Desculpem a pronúncia ruim 🤗 ) . 

 Primeira Viagem ao Brasil 

O Hans Staden era alemão, Hans né, mais alemão impossível, tinha vinte e poucos anos e, chegou um momento, no ano de 1549 que ele sentiu que a vida tava muito parada e queria sair se aventurando pelo mundo. Escolheu ir à Índia. Tava na moda naquela época né, principalmente pelo comércio de joias e especiarias. Eu teria feito o mesmo. Nunca fui à índia, tenho muita curiosidade. 

Então o Hans deu um jeito de sair do lugar onde ele morava, um local chamado Hessen e chegou até Lisboa, de onde saíam as embarcações portuguesas com destino à Índia… Só que o nosso amigo dormiu no ponto, quando chegou lá os barcos já tinham ido embora. Aí ele ficou hospedado numa pousada de um outro alemão, que sabia a língua local (português), contou a situação e o alemão prometeu ajudá-lo. 

Dias depois chegou com a notícia de que estavam saindo uns barcos, mas que o destino era o Brasil. Que o capitão ia levar uns presos para a colônia, para trabalharem lá, mas também, tinha permissão para fazer comércio e atracar barcos franceses que negociavam com os selvagens – quer dizer, os indígenas nativos do Brasil. Um detalhe: nessa época, os franceses eram inimigos dos portugueses, principalmente por razões comerciais. Vocês vão ver isso mais à frente. Agora se você está por fora da colonização no Brasil, recomendo que você ouça o episódio 3.1 – O que é ser brasileiro. Lá eu contei algumas coisas e vai ajudar você a entender melhor tudo isso. 

Mas continuando. O Hans Staden embarcou rumo ao Brasil como artilheiro. Na verdade, ele era arcabuzeiro, em resumo um cara que sabia atirar e que trabalhava como um tipo de soldado, pra quem quisesse pagar. Chamava mercenário. Ainda hoje no português a gente usa essa palavra para falar de uma pessoa que só tem interesse em dinheiro, mercenário. E essa foi a sua primeira viagem marítima. Quando finalmente chegaram aqui, por coincidência aqui em Pernambuco, já tava rolando uma confusão entre os portugueses e os índios nativos, chamados Caetés, que queriam invadir uma área em que os portugueses já estavam colonizando. Piada, né? Imagina, chegar pra um índio nativo e dizer: isso é meu, eu cheguei aqui primeiro.

Enfim, o próprio Hans diz em seus relatos que essa confusão era culpa dos portugueses, mas não dá muitos detalhes. E ele, junto aos outros membros da expedição, foi ajudar os portugueses nesse conflito. Uma coisa louca: os índios colocando troncos de madeira no mar para atrapalhar o navio de entrar por um braço de mar, atirando com flechas que tinham fogo e pimenta, na tentativa de fazer os membros da tripulação deixarem o navio. Uma situação de guerra, mas não vale a pena demorar muito nisso, porque isso é só o começo. Essa é a viagem que deu certo!

108 dias depois ele já estava voltando pra Europa, atracando na Ilha dos Açores, que pertencia ao rei de Portugal. Lá atacaram um navio pirata, pegaram comida e bebida, porque eles passaram muitos dias no mar, estavam morrendo de fome. E dali até Lisboa, eles foram encontrando mais e mais embarcações portuguesas que estavam voltando da Índia. Até que chegou o momento que já tinham quase uma centena de embarcações voltando a Lisboa. Isso é muito interessante pra gente entender a grandiosidade do poder de transporte marítimo de Portugal naquela época. 1550, por aí… Toda essa primeira viagem demorou cerca de dezesseis meses. 

Chegando em Lisboa, nosso amigo passou um tempo lá comendo um Bacalhau, dançando um fado, saboreando um pastel de belém, fazendo aquela selfie clássica no Bairro Alto. Eita saudade de Lisboa, deu agora. Mas brincadeiras à parte, o Hans passou um tempo lá e depois decidiu que queria viajar de novo. Mas dessa vez acompanharia as expedições espanholas, que depois ele soube que estavam indo pra uma região no Rio da Prata, fica localizado onde hoje há uma divisão entre Uruguai e Argentina.  Então ele vai até Sevilha e aí começa o segundo mochilão de Hans Staden.

Segunda Viagem ao Brasil

A viagem já começou dando errado. Muitos ventos contrários, eles quase naufragaram (afundaram), foram atacados por piratas e acabaram se perdendo dos outros barcos. Era mais dois. Ficaram sozinhos no mar e o vento  sempre soprando contra. Sempre mesmo. Só depois de quatro meses foi que a direção do vento mudou e eles finalmente tomaram o rumo certo da viagem. Imagina…

Seis meses depois de deixarem a Espanha, eles se aproximaram do continente, tentando encontrar o primeiro ponto de parada, que seria um porto em Santa Catarina.  Aí avistaram um porto, jogaram a âncora. Aproximou-se um barco cheio de selvagens né, como ele se refere aos índios, mas ninguém entendia a linguagem deles e logo mais à noite apareceu um barco com dois portugueses que passaram informações. Disseram “olhe, vocês têm que ir para o Sul e ter cuidado com os índios, pois somente os Tupiniquins são amigos” Eles seguiram viagem e adivinha, deu tudo errado de novo. Tempestade das fortes e dessa naufragaram mesmo. 

“Fomos levantados tão alto que podíamos olhar para baixo como se estivéssemos numa muralha. No primeiro choque o Navio se desfez. Alguns pularam na água e outros agarraram-se a pedaços de madeira. Deus nos ajudou a  todos para que saíssemos do mar com vida e ventava e chovia tão forte que estávamos morrendo de frio.”

No final das contas eles não chegaram em Santa Catarina, mas chegaram em terra firme e lá encontraram povos amigos, o que depois de tanta desventura, já era uma coisa boa! O Hans e os outros caras foram ficando por ali, numa vila, foram bem recebidos e, aos poucos, cada um foi arrumando o que fazer.  O Hans conversou com os líderes da Vila, disse que sabia mexer com canhões, sabia atirar bem e tudo e o pessoal pensou: “ótimo, assim você pode cuidar do forte e ajudar a proteger a vila, já que nenhum português quer fazê-lo, porque é muito perigoso, os índios inimigos sempre tentam invadir aqui”. Ele aceitou o emprego durante quatro meses, mas depois chegou o Governador e disse que ele devia ficar mais dois anos. Que o Rei recompensaria pelos seus serviços. 

Ele tinha um selvagem que era seu guarda-costas, alguém que fazia a sua proteção. Aí certo dia o selvagem saiu para caçar, porque naquela época e naquele lugar você só comia o que fosse buscar na natureza. E o Hans se confiou de dar uma volta na floresta sozinho, talvez pra caçar alguma coisa também. Do nada, aparece um monte de índio gritando e começaram a cerca-lo. Eram índios inimigos. Então foi aparecendo mais e mais índios, começaram a rasgar a sua roupa e até começaram a brigar entre si, pra saber quem tinha pego ele primeiro. A essa altura ele já estava completamente nu, tal qual os índios.  E os índios faziam gestos, mordendo os próprios braços para dizer que iam comê-lo. Então saíram da floresta e levaram o prisioneiro de barco para a sua tribo, que ficava num território bem distante dali.

Mulheres dançam ao redor do prisioneiro.

Quando finalmente chegaram lá, fizeram o Hans entrar pulando e dizendo “A comida de vocês chegou. A vossa comida chegou”. Isso na língua dos índios. Depois, conforme as tradições, os homens foram para as ocas (cabanas) e deixaram o prisioneiro com as mulheres o cercaram, dançaram ao seu redor, bateram forte nele, arrancaram-lhe os cabelos da barba e diziam “Com esse golpe, eu vingo o homem que foi morto pelos teus amigos”. 

Pra tentar se livrar da morte, o Hans tentou se explicar para os Tamoios: “Pelo amor de Deus, eu não sou português, eu sou amigo dos franceses. Venho de uma terra chamada Alemanha.” Mas os índios não acreditavam e diziam “se você é mesmo amigo dos franceses, porque estava com os portugueses? Os portugueses são  inimigos dos franceses da mesma forma que nós somos.” 

Os franceses todos os anos chegavam lá com um barco cheio de espelhos, facas, machados e tesouras e trocavam por pau-brasil, algodão e outras mercadorias. Por isso eram considerados bons amigos. 

Já os portugueses, desde que apareceram por aquelas terras, fizeram amizade com outro povo, os Tupinambás. Então quando chegaram à tribo dos Tamoios, enganaram a todos eles. Disseram que queriam fazer comércio e convidaram os índios até o interior do barco, quando estavam todos dentro do navio, foram atacados, feitos de escravos e entregues para serem devorados pela tribo rival. 

Havia sempre esse sentimento de desconfiança e tensão. Mas o Hans continuou insistindo que era francês. Teve até um momento em uma das visitas de embarcações franceses que um francês foi levado até ele. “Pronto tá aqui um francês. Fale com ele, queremos saber se você é amigo mesmo.”

E o Hans ficou numa alegria. Pensou “Graças a Deus! O senhor seja louvado, ele vai me ajudar. Porque ele é Cristão também e sem dúvidas vai fazer alguma coisa em meu favor.

Quando o francês falou com ele: Alors mec,  tu fais quoi là ? T’aime bien du fromage ? Tu écoutes FIP? Eddy de Pretto ?

O alemão não sabia dizer nem bonjour, não tinha baixado o Duolingo. Então o francês olhou pros índios e disse: “Este é seu e meu inimigo. Um verdadeiro português. Comam ele!

As semanas foram passando e ele sempre com essa ameaça de que chegaria o momento em que ele seria devorado. Porque fazia parte do ritual, principalmente quando o capturado era um selvagem da tribo rival, que ele fosse humilhado, como o Hans foi, mas depois ele fosse super bem tratado. Porque ali ele deveria ganhar peso, ficar saudável, pra que no final das contas ficasse mais suculento, mais saboroso. 

E uma coisa muito interessante é que quando um guerreiro era capturado ele não ficava triste porque ia morrer nas mãos do inimigo. Pelo contrário. Aquilo era motivo de muito orgulho. E ele até xingava (ofendia) seus inimigos. E dizia “meu povo vai dar o troco, vai vingar a minha morte e matar muitos dos seus, como já matamos outras vezes.” Nem se passava pela cabeça de um índio que foi capturado fugir. Primeiro porque se ele fugisse, não seria nem aceito pelo seu povo. Os índios não admitem a covardia. Inclusive, eles não comiam índios covardes. Porque tudo isso fazia parte de um ritual. Eles acreditavam que comer o outro guerreiro traria mais força, mais poder, coragem e bravura. Eles não faziam isso simplesmente porque tava com preguiça de ir no rio pegar peixe ou de matar uma onça. Não. Era um ritual mesmo. 

A essa altura você concorda que esse cara tinha muita sorte, né? Tantas tempestades, naufrágio, depois aquela captura inesperada e já estava há alguns meses como um prisioneiro dos índios e continuava vivo… Eu digo sorte, mas para o Hans a única explicação para estar vivo era a piedade de Deus. E ele rezava muito. Inclusive, foram muitas as vezes em que os índios foram falar com ele para que ele pedisse ao seu deus que fizesse parar de chover, seja para não estragar as plantações, seja pra não atrapalhar a pesca.

Teve um momento em que uma pandemia começou na tribo, certamente alguma doença trazida pelos brancos que faziam comércio com os índios. E o Hans falou “as pessoas estão morrendo porque o meu deus está zangado (bravo)  com vocês, porque vocês estão preparando a minha morte, dizendo que eu sou português”. Ele era esperto, né? Aí o chefe da tribo foi falar com ele, disse: “Você precisa falar com o seu deus. Meu irmão está muito doente e muitos outros da tribo também.  A gente só fez isso porque achamos que você era português e estamos rancorosos com eles. Nós já comemos alguns portugueses e o deus deles não ficou tão bravo como o seu. Por isso, reconhecemos que você não deve ser português.”

Com o passar dos dias a epidemia foi passando. E com isso o pessoal parou de ameaçar que comeria o alemão, até mesmo a tratá-lo como se fosse um membro da família. Muitas mulheres mais velhas chamavam ele até de “meu filho”. Mas uma coisa é certo, nunca deixaram ele ficar só, estava sempre sendo vigiado. 

Houve um dia em que levaram ele para um festim (festa) em outra aldeia, onde eles iam comer um prisioneiro. Era comum que tivesse convidados de outras aldeias durante essas festas. Chegando lá eles se embriagavam de CAUIM, que é uma bebida que eles faziam à base de mandioca. Essa bebida era preparada dias antes da festa. Eles colocavam grandes caldeirões de mandioca, amassavam, as mulheres mais velhas mastigavam a raiz e depois cuspiam no caldeirão de volta. E aquilo ali passava dias fermentando até virar uma bebida alcoólica poderosíssima. Um absinto tropical.

E fazia parte do ritual. Sempre tinha isso de todo mundo passar a noite bebendo e por fim, comer o prisioneiro no outro dia. E gente, o alemão viu tudo. Viu o escravo sendo morto com uma pancada na cabeça, eles tomando o sangue ainda quente. As crianças  comendo os intestinos. Depois eles pegavam e cortavam as pernas, os braços, e assavam inteiros na brasa. E o Hans ficou passado com aquilo. “Deus misericordioso, salve a minha alma.” Essa foi a primeira vez que o Hans viu um inimigo sendo devorado. Porque ele ia ver isso acontecendo várias vezes. Sabe por quê? Porque o Hans passou nove meses e meio entre os Tamoios. Quase um ano, meus amigos! 

Ataque dos Tupiniquins aos Tamoios

Durante esse tempo, houve algumas tentativas de resgate. Os portugueses para os quais o Hans estava trabalhando antes de ser capturado tentaram atacar a tribo, tentaram negociar, mas não conseguiram. Até o francês que mandou comê-lo depois voltou lá com uma expedição e disse que tinha se confundido e tal. Mas os índios não quiseram libertá-lo.

O Hans também participou de algumas guerras, lutando do lado dos Tamoios. E no final das contas ele foi presenteado para o chefe de outra aldeia. Só que a essa altura não se falava mais em comê-lo. Os caras deram ele pra o chefe de outra aldeia, mas já advertiram (avisaram): não maltrate ele porque o deus dele é muito poderoso. Mas mantenha-o cativo (preso), porque os franceses querem negociar a vida dele e você pode conseguir muitas mercadorias. E foi isso o que acabou acontecendo. 

O Hans foi finalmente resgatado por um navio de franceses, voltou pra casa e contou essa história em detalhes num livro que se tornaria um dos primeiros best-sellers do mundo. 

Mesmo depois de cinco séculos, O livro de Hans Staden é ainda hoje considerado uma das fontes mais confiáveis sobre ritual de canibalismo. Muito mais que contar sobre as viagens que fez, as vezes em que o barco quase naufragou, na segunda parte do livro o Staden descreve em detalhes o ritual antropofágico -(ato de comer carne humana), além dos modos e costumes dos Tamoios. Por exemplo, como construíam moradias, como preparam sua comida e bebida, como era a questão da autoridade nas aldeias, os costumes festivos ao capturar, matar e comer um inimigo, como eles se vestiam e muito mais.

Além de narrar toda a história, traz dezenas de gravuras ilustrando os momentos em que passou entre os Tamoios. Então dá pra você visualizar tudo, com muitos detalhes, apesar de ser um livro curto e objetivo. 

Essa história inspirou dois filmes, que você pode conferir no YouTube. Um intitulado “Como era Gostoso Meu Francês” e o outro apenas “Hans Staden” mesmo. E só reforçando, essa história aconteceu 500 anos atrás. Então vocês podem vir pro Brasil tranquilos. 

Expressões 

No episódio de hoje eu usei muitas expressões, como “dar o troco”, “dormir no ponto”, “passar por maus bocados”, mas essas eu não vou explicar porque eu já expliquei lá no meu Instagram. É só buscar Fala Gringo Podcast que você me encontra. 

Mas tem outras expressões que eu ainda não expliquei. Então vamos lá. 

Estar por fora. A gente usa essa expressão pra dizer que não temos conhecimento sobre algo. Na verdade, não sei se é uma expressão ou uma gíria. Mas, por exemplo, você poderia dizer “eu estava por fora de que algumas tribos indígenas brasileiras eram canibalistas.” Significa que você não sabia disso.

Uma aplicação mais simples e até mais comum no português falado no dia a dia.. “Você tá sabendo que vai ter um evento aqui na cidade semana que vem?” “Tsc tsc.. Não, tô por fora…” 

O uso para tô por dentro é bem semelhante, só que ao contrário.. Aí significa que você está inteirado, informado. “Eu não fui ao trabalho, mas estou por dentro de tudo que aconteceu ontem na reunião. “Ah, agora eu tô por dentro dessa história do Hans Staden.

Outra expressão é “Ficar Passado” ou “Estar Passado”. Isso a gente usar para expressar surpresa. Eu fiquei passado quando soube que um gringo tinha vivido entre os índios canibais e sobreviveu pra contar essa história. Então pensei logo em trazê-la aqui pro Fala Gringo. Uma aplicação mais simples… Se você diz para um colega no brasileiro, “olha, tô indo morar no Brasil”, ele pode reagir com certo exagero e surpresa: “sério? Tô passado”.  Gosto muito dessa expressão, porque eu tô sempre passado com alguma coisa.  


Se você gostou desse episódio, deixe uma avaliação 5 estrelas e o seu comentário na página do Fala Gringo na Apple Podcasts.

E não custa lembrar: na transcrição desse programa você encontra uma lista de vocabulário, alguns links para os conteúdos que eu citei, imagens que ilustram os momentos dessa aventura do Hans e também um ponto extra de gramática. 

Esse foi o Fala Gringo, o podcast pra quem tem fome de português e cultura brasileira. A gente se encontra no próximo episódio. 


Vocabulário:

Especiarias: ervas e plantas usadas para dar sabor às comidas e bebidas. Tempero. 
Confusão: Aquilo que se encontra misturado, confundido. No texto do podcast, tem o sentido de briga, conflito. 
Flecha: Objeto usado para atirar com arco. Veja aqui
Tripulação: conjunto de pessoas que viajam em um transporte coletivo: ônibus, navio, avião.
Atracar: aproximar o barco da costa ou porto.
Dali: contração de + ali
Centena: cem unidades
Fado: canção popular de Portugal
Naufragar: afundar
Âncora: Objeto de ferro ou aço preso a uma embarcação por uma corrente. É lançado nas águas para manter o barco parado em determinado lugar. 
Canhão: veja aqui 
Rasgar: partir em pedaços, abrir um buraco: rasgar papel, rasgar uma roupa. 
Nu: sem roupa
Oca: cabana usada pelos índios
Barba: os pelos do rosto do homem
Insistir: pedir novamente, apresentar argumentos ou informações várias vezes
Baixar: no sentido do texto: fazer download
Suculento: gostoso, saboroso.
Fugir: escapar de uma situação de perigo; correr; sair sem ser notado. 
Covarde: aquele que não tem coragem
Bravura: qualidade de quem é bravo, corajoso. .
Preguiça: estado de indisposição; falta de vontade de fazer algo – trabalhar, estudar, cozinhar.
Piedade: compaixão, dó, misericórdia. Estado de empatia com o outro.
Estragar: causar estrago, dano, prejuízo.
Rancor: raiva, ressentimento por algo que aconteceu no passado; ódio profundo, não expressado. 
Cuspir: colocar saliva para fora. “o gato cuspiu uma bola de pelo”
Fermentado: aquilo que está sob a ação de fermento, levedura. Cerveja fermentada; fermentar o bolo para crescer.
Intestino: veja aqui
Confundir: fazer confusão, equivocar-se, enganar-se. “Eu me confundi e preenchi o formulário errado”
Chefe: líder de empresa. A pessoa com autoridade.
Aldeia: povoação habitada apenas por índios; maloca, aldeamento.

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